Mentira Meu Bem

Mentira meu bem, você sempre mentiu pra si mesma.
Ohhh...
Era apenas um aborto, agora é culpa marginal
E não se olha no rosto quando a verdade é crua.
BABY!!!
Eu peço que não cuspa em mim
Que não vulgarize os teus desejos
Se o uso te coroe a mente
Perceba o seu psicodélico anseio
E como corrente o que havia na frete seguiu mais
Do lado oposto seu nítido gosto não se desfaz.
Inesperadamente tudo esta negro
Você pagava por isso e eles não te dão o devido.

Desespero de Suas Mãos

Sua mão sua em desespero
Sua boca se cala por um segundo
Seu corpo fraco quer conforto
E eu confuso não sai se avanço na contra mão
O meu cigarro que se apaga nesta solidão
Descontando na ira o que lhe falta na razão
Seu olhar baixo está descalço.
Seu segredo está guardado.
Sua decisão é só um estado
Que anda naufragando alardes no portão
Escolhendo a hora, um motivo e a razão.
Pelo seu crime reze pelo perdão

Miss Lonly

Você que me conhece bem
Que fuma meu cigarro em seu veiculo rápido
Que toca minha música em seu rádio
E me canta o seu bonito som...
Miss Lonly, não me ponha no chão
Minha querida, não fale tão alto meu amor.
Você que fica neste tapete de veludo
É você que fica aí pensando...
Que tudo, tudo é desespero.
Que o mundo é um cisco e você não muda
Mas tudo muda e é você...
Miss Lonly , não me convém.
Minha querida, não fale tão alto meu amor.

Ela Esta na Moda

Ela esta na moda
Com seus amores de festa
E no fim da noite acaba, tudo outra vez.
Então ela volta pra casa
E não há lar em sua cama
O que você pensa quando não sabe sorrir?
Atrás de sua vitrine tem alguém mandando mensagem
O amor passou de pressa e já não há mais
coragem
Agora você gasta suas melhores frases
Você apela para sua imprecisa arte
Então você diz: Ah Meu Deus! O que você quer?
Agora você vê?
Pode entender?
A sombra do vento.
O retrocesso do mar.
O apreço perdido
O sentido do aviso

Ana Julia

Lá se vai julho
Com o esboço do vermelho
Da carne jovem se vai julho
Com o inverno abandonado
Como chaminé xenofóbica
Vamos e venhamos Julho se vai
É a data de um por que
É uma razão toda infinda
É uma convicção aberta
E sem negar a exatidão é sustenido
Julho
Do amor de Ana.
Que me acanha
Que ainda me estranha
Por que anda cautelosa de mais
E é linda
Espanta os olhos
Aborrece-me
Enaltece-me
Acrescenta-me que julho se vai
Com o frio se vai só
Facetando-me os olhos
Enquanto aguço.

Vai Raiar

Pra que tanta angustia se a razão lhe sobe a cabeça
E se decidindo a toda hora como se a fé lhe faltasse um instante.
Dois pães para o café. Mas o dia vem deposto. Um jornal para o
almoço. E a tarde livre pra pensar.
Na despedida do moço. No beijo que não quis durar.
No horário das oito. O fim da novela. Seu pranto. Seu ultimo consolo
Vai raiar... A noite adentro.
Vai cantar... Depois é só menina
Quem sabe vai mudar
Ao chegar em casa sem a cortesia dos ombros. Sem o realengo.
Na audácia triste do choro. Encurtando a frase num desabafo gago.
Padeceu no sono sem desvairar
Um pão para o café. E o dia vem nascente. Uma conversa para
acompanhar. A ressaca de ontem.
Os planos de hoje. São versos de um cigarro inteiro
O almoço sai as 3. Os chegados vêm pra cá.
O jantar sai as 6. Uma cuba pra acompanhar.

Gringa

Você esta tão acostumada e tão clara
Diz que já se vira com seu novo inglês
Que não gostava do frio lá de fora, mas agora esta com um rapaz burguês.
Mas às vezes senta e chora
Diz que volta pra casa em um mês.
Você é tão decidida, mas por hora.
Já não sabe se fica ou parte desta vez
Tem uns planos na cachola.
Embora saiba ser de passagem, a vida é um freguês.
Você e tão corajosa e agora
Esta grávida, mas o medo vem feliz
Tem algumas reservas e improvisa
Que a vida não é um abrigo Cortez
Nenhuma postagem.
Nenhuma postagem.